segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Um breve insight - O RE faz parte de mim.

Dizem que a cama é o melhor lugar para se pensar na vida, questioná-la... 
Noite de ontem. Essa leve e conturbada noite com seus sons instintivos e pouco tímido temporal que no exterior se iniciava, janelas batendo, pessoas circulando pela casa... eu acordei. 
Era três e pouco da manha, pouco depois de deitar e cair no sono. Levantei, olhei através do vitral da janela. Vendaval, chuva, assovios do tempo que pestanejava ali. Deitei novamente. Dormi.

Acordo duas horas a frente com um toque lépido de meu celular. Eu leio. Inicialmente não cri que determinada pessoa tinha me escrito tais ditos. Reli. Sorri instantaneamente, apertei o botão vermelho e voltei a dormir. Após isso tive sonhos bons, não me recordo como eram, mas sorria e chorava lágrimas boas. 
Emfim, acordei. Lembrei de alguns pequeninos trechos, lembrei que havia lido algo. Olhei o celular ao lado e temi que fosse apenas sonho. O tomei rapidamente do colchão, procurei a mensagem e... ufa... estava ali. A reli, tomei nota dela em meu diário. Não posso nunca apagá-la, não poderia fazer nunca tal ato.

Então, quase que no mesmo instante me coloquei a questionar minha vida. Coisa que já ando fazendo com tal periodicidade.
- Como eu, que tanto queria um sentimento puro, simples e verdadeiro vivo hoje sem o mesmo?
Como posso eu me contentar com apenas um semblante bondoso, presentinhos e os esporádicos "também"?
Logo eu que tive tanto amor, que "tenho frascos" guardados cheios desse amor que eu almejo...
Logo eu que tanto amo palavras, gestos simples, ditos e exclamações de amor e afeto...
Eu me acostumei com aquilo que o breve passado me ofereceu.
O amor em forma de palavras escritas e gestos: "Nós temos um ao outro e o mundo é muito pouco.", "Sabe o que é pior? Que eu ainda te amo.".
O amor em forma de dizeres e gestos: "Hey, psiu! Eu te amo!", "Linda, amo você!"
Logo eu que não consigo ler lembranças sem chorar, escrever saudades sem chorar, relembrar os amores que eu tive... eu guardo resquícios de cada sentimento. E as saudades deles e de seus donos.
Como posso hoje viver sem escutar o "Hey, psiu! Eu te amo!"? Ou ler num pedaço de papel ou metiê umas poucas frases que dizem tudo "Nós temos um ao outro e o mundo é muito pouco..."? 
Como posso hoje viver com apenas alguns atos de carinho, sem palavras escritas ou dizeres? Parece uma coisa que existe, mas, eu não vejo. Não sinto reluzir do outro para comigo... quase como uma lâmpada apagada. 
Como posso eu, amante do amor exagerado, viver sem o mesmo? -

Preciso de coisas, pessoas e sentimentos verdadeiros que se desdobrem, desmontem e se demonstre, para que o mundo me pareça real de fato! Não me faça culpada, mas, o RE faz parte de mim. Eu sou um espelho falho.

Como um breve insight, repensei minha vida e os que nela ainda estão. Senti saudades dos caminhos.
E outra vez - erroneamente ou não-... Me quero só!

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Porque, aliás, não posso falar. Então escrevo...