sábado, 16 de janeiro de 2010

Sem título à minha frustração degradante

Com certeza, ontem melhor que hoje e hoje pior que amanhã. Estou acabada, em todo lugar na rede escrevo: I kill... I dead.... no twitter, no orkut, no Myspace...


Estou cançanda de tudo, e isso foi tão facil.... Como agora, cansei de escrever, de chorar, de insistir, de cantar... Somente uma coisa que espero nunca me cansar. Tocar!
Querem em impedir de ter as coisas que quero, que necessito para sobreviver em mim por apenas uma mera rivalidade de poderes e necessidades que para mim, sendo subjetiva, são motivos que nos levam a pensar se eu estou errada ou não. Mas entendam, eu com meus 15 (quase 16) anos de idade sou uma pessoa diferente do que serei daqui a uns 10 anos. Quero viver o momento de hoje, pois sei que quando ele passar não terei mais nada, nem as lembranças que a mim pertencem.
Então, porque não me deixa ter o que quero!? 
Eu sei que para você, o momento que está vivendo será tambem "unico" para você (tristemente). Mas você tambem já passou por esses que estou passando agora. Me deixa ser/ter o que quero!


Preciso do meu espaço, minhas virtudes, minha liberdade, criar a minha ética e a minha política. Não é egoísmo. É o meu momento em minha vida e o seu em sua. Mas entenda, ou criamos paciencia e harmonia entre elas ou desistirei cedo do que é meu. Entende!?


Saiba que eu entendo o que você está passando, não sei se você compreende mas eu preciso me sentir EU, não quero estar no mesmo lugar que você daqui a uns anos. Não é certo desejar o mal à alguem que você mesmo pôs no mundo. Poxa, é tão difícil assim!?


As vezes acho mais facil desmaiar e fujir um pouco daqui, mas isso só funcionava quando era pequena. Já parei de pensar desse jeito mas ainda tento achar maneiras para isso sem me comprometer muito.
Fujir parece facil, mas não pra mim. 


Tenho quase certeza que consigo viver melhor em minha imaginação, ok isso é egoísmo, mas é a verdade. Consigo fazer o que quero, ter o que quero. Crio o que quero ver e o que eu não teria aqui de forma alguma e consigo usufruir de tudo um pouco. Já aqui, no "mundo em que vivo", em meu dia-a-dia não. Não tenho nada e tudo é tão dificil de conquistar. Se eu pudesse, viveria numa cápsula de memória artificial, ou seja, uma vida imaginaria em tempo real.
E não adianta depois de tudo que fizeram alguem vir me dizendo algo que queria ouvir, quem disse que eu quero que tudo seja como quero!? NÃO QUERO MAIS NADA!


Cansei de tudo e tão facil. Desisto agora, logo no início. Admito que sou fraca, não vou mentir aqui!
Minto em vida, enquanto tenho uma, aqui já não há motivos de fazer isso!
Me jogo agora no mar do esquecimento, como se de cima de um penhasco me atirasse no bravo mar sedento de sangue!
Quero apenas um pedido final, um poema. E faço delas as minhas palavras:




    QUANDO EU MORRER
           Mario de Andrade

Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
          Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
          Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
          Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
          Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
          Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
          Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
          Adeus.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

1º desabafo de 2010! Crise de identidade.

Não sei, mas hoje estou pior que ontem e talvez, melhor que amanhã...
Ah... sei lá, mas as vezes não vejo motivos de me alegrar. Ops, alegrar não pois alegre eu sou sempre, porque qualquer piada, qualquer imagem ou ação já me faz soltar um sorriso.
Reformulando a frase: As vezes não vejo motivos de estar feliz. Afinal, não sei o verdadeiro significado dessa palavra. Não, saber eu até sei mas não o sinto. :(
Me cansei de ouvir as pessoas dizer: 'Sorria, a vida é bela!' Ou se não: 'Sorria, tem tantas pessoas passando por coisas ruins de verdade e você está ai se lamentando à toa.'
Mas ninguem entende. Eu tenho noção que muitas pessoas tem um verdadeiro direito de se sentir mal, estarem chorando, se lamentando, pensando em se jogar de cima de algum predio ou qualquer outra forma de suicidio... Mas ESSE é o MEU motivo de estar triste, não estou me importando com os motivos alheios. ESSE é o MEU MOTIVO!
Embora eu não saiba o motivo, eu estou triste e quero, por enquanto, continuar assim. Não é uma coisa assim tão superficial, é no meu psicológico, dentro de mim...
Não vou mentir, hoje eu pensei em varios locais para eu ir dar uma volta, espairecer, mas é claro que uma garota como eu e na minha situação, iria mais ou menos que "fujida" de casa. Eu pensei em entrar em um trem e descer em qualquer estação, comer um lanche, dar uma volta, olhar para rostos novos e desconhecidos. Apenas isso, e voltar logo mais tarde para casa.
Mas EU, sou uma garota fraca e muitas vezes idiotas que prefere viver em pensamento do que colocar os planos em ação.
Deve ser por isso que as vezes fico assim, "sem noção", sem sorrisos e distante de mim... 

O cômico é que sempre que me sinto assim, que não é tão raro, eu abro qualquer mensagem ou email e vejo uma coisa que cai muito bem no contexto. Agora pouco, abri meu email e vi uma mensagem de um blog espanhol que eu acesso direto e lá estava: ¿Cómo ser feliz? e ¿Qué te gustaría hacer? 
Eu, abri a mensagem e li néh, e estava escrito assim:
"...hoy es el primer día del resto de tu vida ya que el tiempo no vuelve. Uno de los secretos de la felicidad no está en hacer lo que nos gustaría, sino en que nos guste lo que hacemos. Piénsalo y aprovecha intensamente cada día, cada minuto. Vive en profundidad porque la vida pasa y ya nada se repite."

Estou ainda tentando processar a informação. Mas acho que pra mim, no estagio dessa doença que tenho e se chama infelicidade, já não há saída. O pior é que penso, na minha idade tantos jovens vivem "normalmente" suas vidas de pessoas normais que possuem 15, 16 anos. E eu, estou aqui no meu quarto ouvindo uma música meio 'deprê' me lamentando pela vida que tenho (que não é nada ruim em relação a muitas por ai) e chorando por qualquer motivo aparentemente dispensável... 
Talvez a distancia de mim mesma me cure... 
Meu pai me falou hoje: Vamos para a praia!? Aí vc chama suas amigas pra ir junto (coisa que ele odeia)!
-Tudo isso para me fazer sorrir.  
Agradeço a ele e a minha irmã por tentar me reanimar mas não há como, isso é só entre EU e EU... Entendam!


Ah, aqui está o texto completo de Manuel Geraudier: