domingo, 10 de fevereiro de 2013

Prove que é mentira essa minha verdade.

Quando se sabe e sente-se a certeza das coisas não tem jeito, elas acontecem... naturalmente, como se deve ser. Fico impressionada, mas as vezes isso se perde com o obviedade das coisas. Obviedade essa que machuca aqueles que sabem o que virá a seguir. E por mais ruim que seja, não que seja pessimismo, sei o que vem adiante. Sei o que me espera: sua partida - de novo - rompendo nosso trato, nossas promessas.
E serão as mesmas promessas jogadas ao vento, as mesmas memórias guardadas no peito, a mesma saudade escrita e estampada em meu rosto. E os anos tendem a passar e separar-nos mais a cada partida.
Espero que seja, com esse sentimento que temos um pelo outro, como você me falou um dia: "O que não morre, se fortalece..." 
13/07/12


De uma forma ou de outra... eu estava certa. Mas mantenho o pensamento de que certas vezes a vida é como um bumerangue. Ela vai e volta. Vai e volta. Vai e...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Parabéns para mim! E aos meus dezenove anos de memória reprimida em letras

Raiva. Carência. Amor (não sei onde mora, trabalha ou se entregas à bebida do desolamento). Amizade. Saudade. Medo. Falta. Ostracismo. Memorias. Mágoas. Decepções. Arrependimento... Palavras, palavras, palavras... todas em vão, ditas assim, jogadas como crianças abandonadas por seus pais.

Alguns engenheiros dizem em trechos: "Eu que não fumo queria um cigarro, eu que não amo você, envelheci dez anos ou mais neste último mês. Eu que não bebo pedi um conhaque pra espantar o frio que entra pela porta que você deixou aberta ao sair". Experimentei algumas coisas nos últimos meses. Sabe quando tentamos tapar algum buraco com pedra, pó... argamassa? Esses elementos não eram os certos. O muro ainda está de pé, estruturas firmes, mas, prestes a cair de vez. 

Não consigo guardar raiva. De ninguém  de situação alguma. Não guardo coisas que me fazem mal, que me fazem sentir a podridão daqueles que não sabem perdoar, que não amam nem a si próprio. Porém, a sinto em mim e por mim mesma, muitas vezes. Raiva do que fiz, raiva do 'porque' de ter feito, raiva de não ter feito o que devia, de ter feito o que queria, o que alguém quisesse e esperava que eu fizesse. Raiva das minhas incertezas, raiva do meu orgulho. Raiva de não ter raiva por quem realmente merecia. Raiva de não chegar e dizer o que tenho guardado. Raiva de não saber se certas escrituras são  de fato, referenciadas a mim. De uma forma geral, tenho raiva da minha personalidade certas vezes "cruel" com os meus mais queridos.

Antes deixava de escrever por felicidade, deixava as palavras de lado e vivia a felicidade que tinha no momento -eu os considerava raro-. Hoje, por não saber quem sou e por saber um pouco do que quero do mundo faço o inverso. Não mais escrevo quando preciso expor minhas mágoas. Hoje as guardo pra mim, ninguém poderá me ajudar mesmo. E, alias, eu escrevia porque precisava deixar registrado de forma fácil e datada tudo o que eu sentia em relação às coisas, em relação às perdas e ganhos que obtive. Eu precisava mostrar para você. Eu precisava me expor, de um certo modo, deixar você saber o que aconteceu durante seu período de ausência. Eu precisava de provas. Entendes?

"Ninguém é tão suficiente que não precise de alguém  Ninguém é tão indispensável que não seja substituível. Ninguém é tão feliz que não precise de lágrimas. Ninguém é tão triste que não precise de sorrisos. - C.E.". Eu quero te mostrar que, independente da forma, estamos presentes na vida um do outro. Mas, não é só.

Peço perdão se pareci te enganar, mentir pra ti. Peço perdão se não pude dar o que queria. Peço perdão se te fiz mudar alguns planos. Peço perdão por não estar perto quado precisou. Perdão, por não ser quem eu parecia, ou ser quem não aparentava ser. Perdão, pelos momentos de espera, pelas palavras que disse e não demonstrei sentir, pelos prantos no seu rosto - foram as ultimas imagens que tenho de ti: teu rosto em prantos.


"Me perdoa daquela expressão pré-fabricada [...]

Me perdoa,
Me perdoa, a vida é doce,
Me perdoa, me perdoa, me perdoa..." - Lobão



Engraçado, lembro de uma vez ter lhe presenteado com uma flor. Amarela. Tirada de uma árvore qualquer, mas, com tantos significados para mim. Você não a aceitou. Olhou pra mim e questionou o porque de eu lhe fazer isso. Me abraçou chorando. Em meio a tantos prantos eu sorria. O abraço. Sabe, sempre gostei de abraços. Todos são especiais. E aquele era o mais importante pra mim. Eu guardei aquela flor durante alguns dias, depois não teve jeito. Rsrsrs, lhe devo uma flor, ok! Me cobre.
Depois de algumas com sal e limão, quem é que não demonstra o que sente de fato, não é?

O que eu quero dizer é tudo aquilo que eu já disse antes. Me diga oi, me diga se está bem ou não. Me importo contigo. Ao menos me responda os SMS's. Me magoa não saber de ti. Mas, não falemos de quem tem mais mágoas um do outro, é uma competição nula que acabará zero a zero. 
Sinto falta da ausência da sua falta. 


Bem, um brinde às palavras e à Tequila, ambas causadoras de muitas coisas por aí.
Feliz aniversário a mim e às minhas memórias e lembranças, às minhas lágrimas e sorrisos, aos meu amigos e amores.

FELICIDADES!!!