domingo, 28 de julho de 2013

A years ago... Um novo livro de velhas histórias - #Parte2-The Finish

Dia 28 de Julho...
Enfim... A years ago eu lhe encontrava na praça para conversarmos pessoalmente. Você me trouxe uma rosa que ainda tenho guardada e seca. Quase que nos permitimos nos ver chorando um pelo outro... Falamos dos meus problemas, dos seus primeiros dias no novo estágio, do "eu ia comprar nossa aliança", pedimos desculpas mútuas e ao fim, ao nos abraçarmos, meus olhos nao resistiram e sangraram gotas salgadas sem que visse. Sempre fui sincera, principalmente a sós, comigo mesma.
  
Fragmento de mais um texto antigo, Mais Uma do Museu:
"A culpa não é nossa, alias, não é de ninguém. Você mesmo quem falou "O amor que move o mundo, não?" Não nos culpemos por ações que ainda não aconteceram. mas também não me deixe sair como a correta, pois não sou. Sem ti sou alguém que não serve de erro nem de acerto, sou inerte. 
Desculpe minha falta de zelo, meu excesso de choro, minha mania de lágrimas. Se eu consigo me fazer triste a culpa não é sua e nem poderia, já que está deixando o tempo passar -como em suas palavras-.
O meu distrair me faz crente da existência de algo alem que poderia me deixar sorrir de fato e sentir a brisa. Mas, sabe quando apesar de tudo se faz comodo sentir a dor? Chegar a um outro estágio de não sentir-se bem com nada. Já avancei de mais com isso, mas, ainda me parece longe do "quase fim" que eu imaginava.
Senti tristeza, não era bom, até que de angustia me embebi, após isso o que eu tinha? Minha única companhia foi a solidão. E aqui estou, a poucos passos de me sentir bem, de me libertar e conseguir sorrir de fato, mas, a depressão é tão convidativa. É quase um ardor que te leva à janela a olhar para o céu e não ver as cores, não voar... Que lhe deixa jogado, trêmulo, ansioso e depreciado, porém, ao mesmo tempo viciado e estremecido em querer mais, sabendo que não há parcelas de nada benéfico. 
Meus sorrisos são quase falsos, não são doces, são fracos e momentaneamente estiados em meu semblante. Meu interior me afunda em si próprio, em meu vazio mergulho, submerjo em lágrimas e parto ao âmago inexistente de mim, por isso choro."
- Dezenove de março de dois mil e doze.

Era nesse mundo em letras que eu me escondia com medo de saber o que você tinha por mim e se o que tinhas era o mesmo que eu sentia por você. Mas, não foi isso o que encontrei nas ruas onde passávamos, nos parques e praças não encontrei o medo ou a depressão... pelo contrário, você me confirmava a cada gesto e palavra sua que tínhamos os mesmos interesses. 
Nossa... lembrei agora que lhe disse certa vez -já após ao fim- que tinha um papel para lhe mostrar. Um desenho que fiz no fim do dia em que chegamos ao 'topo do mundo de concreto' e dançamos, e estrelamos, e escolhemos pássaros e admiramos um céu que só existiu naquele dia... um dia perfeito. Quando citei que tinha algo para você, sua resposta repentina me feriu apaticamente, mas sorri porque eu sabia o motivo de ter dito "Não quero ver, guarde-o pra você!". Eu sabia, já não sei mais. E ainda o guardo desde quatorze de abril.
Lembro do som do piano, cada gesto doce e marcante que referenciava a mim. As surpresas eram sempre as melhores e esta foi a que me fez chorar de uma maneira diferente, algo que a musica contem e me invade, algo que os músicos dominam e você me proporcionou naquele instante. Doce memória. Lembra-te da tal senhorinha que surgiu a ouvir-te ao piano que depois deu um show para nós? Era alguma coisa Venturini o nome da senhora, rsrsrs, lembro dela ter falado algo de convite do nosso casamento... rsrsrs Ahh, mais um dia memorável.
Eu rio e sorrio... sou risoleta mesmo e tenho em mim a alma de uma criança que só quer correr no gramado, quer sentir o vento no rosto e olhar lá do alto do prédio as pessoas andando a esmo e dizer que são formigas. Meu âmago é pueril e bem sabes. Sou o Peter com toda aquela ânsia por liberdade e todo aquele medo de que o tempo passe... que as pessoas passem, que os sentimentos passem... e eu fique. 

Existe uma música que me ajuda a desvendar o meu segredo por trás de um simples "se cuida!"... porque é isso que ele é de fato, essa canção de Tom, o maior: "A cada despedida eu vou te amar [...] a cada ausência tua eu vou chorar...", esses blá, blá, blá da minha amada bossa-nova. Enfim, canto um trecho de Renato Russo para findar aqui minhas chorumelas, para guardar a melhor parte de um 'nós' que foi tão breve e verdadeiro quanto o por-do-sol e a primeira estrela que surge no céu: 
"E tanto faz de tudo o que ficou guardo um retrato teu e as saudades mais bonitas..."

>> The Finish!
Quando escrevo tudo o quanto posso é a ponto de esvaziar o coração que o faço. Limpar tudo que possível for e organizar-me internamente.
Pois bem, o fiz e a partir daqui prossigo o meu caminho.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A years ago... Um novo livro de velhas histórias #Parte1

Dia 26 de Julho...Sei que lees isso agora.
Uma semana inquietante tanto mental quanto emocionalmente para mim. Creio que seja apenas para mim. Cinco dias passando musicas para me explicar somente agora... enfim... A years ago, eu lhe dizia via internet que já não era mais de bom grado a mim a nossa união. Que era melhor darmos um tempo, pois minha cabeça era pura confusão. Não menti em momento algum.

Você e eu sabemos que este meio tem sido praticamente uma comunicação direta entre nós, porem, sem feedback. É o meu monólogo onde falo, falo e me engano e você apenas toma ciência, me contradiz em sua mente e me pune. Sem se quer citar uma argumentação. E mesmo assim sabemos que as ideias foram transmitidas. Então, que a partir deste post isso mude, pois sabes muito bem que é a ti que questiono. Eu não sei se quero ou não um feedback... Sinceridade e não obscuridade. Só se vive uma vez!

Eu vou guardar a tua falta pra mim, pois não causo a você ausência alguma, como noto. Você é mais sensato que eu imaginava. Posso aceitar o seu orgulho ferido, suas palavras brutas que tao facilmente me magoam... mas, aceitar que você não transmita palavra alguma a mim? Não! Eu não quero e não vou aceitar isso. O direito é de totalidade sua de não aferir a mim quaisquer nota, palavra ou subjeção, mas, o direito de aceitar isso é meu e não o quero. Não aceito.
Fique a vontade para brigar comigo, dizer um 'oi' apenas ou "ah, vocês de fevereiro são cheios das palavras sem razões...", pode me chamar de assassina de felinos -mesmo sabendo que isso foge do meu ser; Enfim, pode dizer o que quiser... mas diga. Não cale-se, não fique em silencio perante o meu nome ou qualquer situação que o faça lembrar de mim. Isso me fere de maneira grandiosamente forte e você bem sabe. Eu nunca exitei em dizer que o ostracismo me doía feito uma lâmina cravada em meu peito. Você bem sabe da minha dificuldade de esquecer o passado, de não conseguir andar sem tropeçar nas histórias que vivi, bem sabe da minha dor, pois também a sente (sentia, sentiu... não sei). Talvez isso seja utopia de minha mente e coração. [Desdigo tudo isso que falei. Mas repito amanha para quem me perguntar. Sou volúvel e inconstante sim, e a culpa tem sido sua!]

Sabe o que eu quero, dentre tudo isso e outras coisas? Saber o que se passa em sua mente e coração em relação ao mundo e a tudo que o rodeia. E entender o porque da ignorância que recebo certas vezes. Sabe, voltar aos velhos tempos onde conversávamos sem medo, dizíamos as coisas que bem queríamos... "isso faz falta no dia-a-dia"♪ Certa vez conversamos sobre demonstrar o que se pensa e sente e blá, blá. blá... É disso que estou falando. Mas sei que "nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito..."♪

Você conhece cada bloqueio que tenho em relação à memorias e pessoas queridas que guardo no peito, você sabe da minha morte pouco a pouco a cada palavra não dirigida a mim e da dor que sinto a partir disso... e mesmo sabendo de tudo o que me fere nega-se a proferir qualquer coisa a mim, deixando bem claro "Só respondo e tiro dúvidas."? Você sabe que me magoou com tais palavras e mesmo assim... queres me ver sofrendo? Entrega-te à raiva e à vingança, assim? Age com egoísmo outra vez, é isso? E outra, perguntei se minha ausência lhe traria paz, obtive como resposta: "Paz não, não traria nada, alias." Você nao sabe o quanto me feriu com isso, talvez até saiba e tenha sambado para festejar minha morte emocional. Sabe que o que mais temo é o ostracismo e que coloco a palavra saudade num pedestal de letras... Desejo que nunca sintas isso que senti, dói nao ter sido nada na vida de quem ainda é alguem pra você. Você tem a noção perfeita de que o mundo da voltas, isso eu sei. Talvez eu esteja agora colhendo o que de mal plantei a ti, mas, sabes da dor e mesmo assim quer que eu a cultive em mim para mim? (Aposto que pensou agora: Ué, não é da dor que gostas, guria?)
De fato, se for isso fazes bem em me ignorar de tal forma. Quem sabe eu aprenda a me amar antes de tentar dar esse amor a outro alguém externo a mim. É... você vai acabar me mostrando que fugir é sempre o melhor caminho. Quem sabe assim as saudades morrem, a fonte dos olhos sequem e o sentimento que sempre terei por ti se aquiete num cantinho qualquer de meu peito até hibernar. Talvez eu aprenda a não olhar pra trás, a não querer por perto o meu passado... Quem sabe isso seja ensinamento, certo?
De qualquer forma, tenha agora a certeza de que a cada palavra que eu digo a ti tem o significado de "Cuide-se, pois lhe quero bem! O amo meu querido amigo! Sinto saudades de ti!" e outras coisas mais... Não confunda nunca isso com "volte comigo...", sou direta quando quero ser, sabes bem. É apenas meu coração falando a ti a importância que tens em minha vida. Eu estou dizendo isso agora para lhe mostrar que não chega a ser justo (como se você ligasse para justiça, né) me colocar numa caixa e jogar no mar do esquecimento e da distancia, entende?

Eu digo: - Nossa... me perdoe por tentar te colocar num patamar de culpado.
Eu digo: -Não, não peço perdão a ti, nao é digno disso, causaste essa fúria.

Minha bipolaridade me envolve, é a raiva e o medo do ostracismo que tenho que se manifesta desse modo. Não é nada pessoal, tenha isso em mente. Sabemos das dores e dos medos um do outro, mesmo que superficialmente. Eu precisava muito despejar isso a ponto que o fizesse ciente, pois já não cabia no peito e na mente pesava de mais... só cabiam nos papeis.

Disseste: "Tenho que ir, nos encontramos no sábado (dia vinte e oito) ao meio-dia na praça, para conversarmos direito. Não se atrase!" 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A Carta - O outro lado da mesma moeda ambígua - Mais uma do Museu

Uma carta redigida por ti para expor os fatos que vieram a traze-lo até os dias de hoje, me mantendo à par. Uma carta compreendida como verdade e tornada como história aqui exposta agora. Sei que disseste achar constrangedor que esta fosse pública, mas, como um ato desesperado e desleal faço isso para saber se ainda se ocupa com a leitura deste meio nada tímido e indireto que utilizo para falar de mim. Modifiquei os nomes em tua carta para manter a "dignidade" desses seres, onde me chamo Ana.

"Ana, vou contar a você três anos de historia. Eu pretendia fazer isso via comentário em sua rede de palavras, mas achei muito 'constrangedor' e não ia ficar bem em colocar isso em meios públicos.
Eu mudei de escola, sem pensar duas vezes, mudei por mim, não pensei em nada -nem ninguém- me arrependi das coisas que perdi. Foram dois anos sem aprender praticamente nada, dois anos de estagnação intelectual, dois anos de auto-abandono, mas, consegui meu diploma (objetivo concluído).
Na escola, durante o segundo ano, conheci uma garota. Não era a mais bela e nem de longe a mais bonita, ela era a que mais precisava de alguém. Alguém para cuidar dela, alguém para zelar por ela... Senti-me praticamente no dever de cuidar dela, como um pai sente de cuidar do filho, o problema foi que ela se apaixonou por mim porque afinal "não é todo dia que um príncipe escolhe a gata borralheira" - nas palavras da mesma-. E então, eu descobri nela algo pra me apegar, algo pra suprir a falta que eu senti de você, não apenas amorosamente -me refiro à relação homem e mulher- mas também da companhia que você me fazia TODO O TEMPO. Eu achei que tinha perdido você para sempre.
Tive que me tornar um homem maduro, tive que ser rude, tive que ser grosso, tive que chorar e sangrar sozinho, tive que mudar quem eu era para poder me adequar a essa nova forma de afetividade que se desenvolveu em mim, me transformei no príncipe que ela precisava que eu fosse... Achei que nunca mais precisaria, conseguiria voltar a ser quem eu era antes. Desisti de tentar ser as duas coisas ao mesmo tempo. Assumi de vez o papel que a vida me deu para interpretar, assumo, menti para ela, menti para meus pais e para meus amigos. Mudei completamente minhas atitudes e meu ser. E estava 'bom', até a alguns dias atrás (dois antes de te ver, para ser exato).
Eu estava sozinho, em casa com uma musica qualquer tocando só para quebrar o silencio e não sei o que me deu: comecei a pensar, a lembrar... Comecei pela minha infância (o pouco que lembro). Lembrei-me de meus brinquedos, das brincadeiras favoritas... Avancei um pouco, lembrei-me da primeira série, as paixonites eternas, as risadas e demais brincadeiras. Depois fui para a oitava série. Meu primeiro beijo... Não era uma namorada, era uma amiga e eu era apaixonado por ela. Numa tarde em minha casa, na hora da despedida, ela me beijou e foi embora e como se nada tivesse acontecido nossa vida seguiu. Eu nunca esqueci.
E então fui para a Vargas... Afastei-me dela, a mesma que me incentivou a ir. Entrei em decadência e pela primeira vez senti a sensação do auto-abandono. Um ano passou: péssimas notas, péssimos amigos, péssima aprendizagem, enfim, um péssimo ano, mas, foi ai que você entrou na minha vida... Como uma boa amiga, você me fazia rir, me entendia, brigava comigo, se divertia com minhas infantilidades, admirava meus conhecimentos e argumentos sem fundamento, enfim, você gostava de mim. Fascinei-me com isso, mas como uma criança eu não soube reconhecer que o que eu sentia era amor. Puro, simples, intenso e essencial.
Depois de meses de brincadeiras e indiretas, em uma das vezes que fui te levar até uma parte do caminho para casa, você me beijou... foi assustador, eu fiquei surpreso, eu tive vontade de sair correndo, eu tive medo... Mas eu fiquei, pois estava ótimo e quando você quis ir, eu não deixei e outro beijo aconteceu... E então se desencadeou a coisa mais intensa que já ocorreu na minha historia: meu "namoro" com você.
Porém, como tudo que é intenso de mais, ele brilhou, brilhou e... Por algum motivo que não me vem à memória, começou a definhar... Não o sentimento, isso nunca acabou, mas o relacionamento.
Hoje eu vejo que a culpa foi minha. Eu não falei, eu não agi, eu não fiz, eu não quis, mas principalmente eu TEMI. Temi tudo. Sempre. Desde o começo, como uma criança com medo da luz - não ouso comparar com o escuro-. E assim nós seguimos – separados-, sem falar, sem explicar, sem entender, sem pensar.
E então, repentinamente, o fim do ano chegou, e eu comecei meu 'plano de vitoria'. Mudei de escola e foi lá que vi o quanto você era importante. Foi lá que senti sua falta. Mas tive medo de voltar, tive medo do que faria se eu te procurasse depois de te abandonar como se você fosse um brinquedo velho que a criança não precisava mais.
Decidi te tirar de minha vida, da minha cabeça... Do meu coração.
Conheci garotas, sai com boa parte delas, mas nenhuma delas me despertou uma faísca se quer da chama que incandescia por você. Mas continuei tentando. Continuei mentindo para todos, inclusive a mim mesmo.
Até que um dia a Leila chegou. A garota problemática, uma família turbulenta, uma realidade complicada e uma historia arrepiante. Uma garota que precisava virar mulher, mas não sabia como. Ela encontrou a faísca e se agarrou a ela com tanto ardor e esperança que ela fez acender, não a sua chama, mas algo novo, um sentimento mais fraternal - que hoje eu vejo que é APENAS fraternal-. Algo que me satisfez o suficiente por um ano ou algo tão perto disso que não faz diferença.
Foi aí que você apareceu e com um sorriso e um olhar me disse: "esta tudo bem, eu não te odeio, eu ainda sei quem você é e espero que não suma de novo!!!". E em questão de segundos eu lembrei quem eu era, aquela criança medrosa, e vi o quanto eu estava longe dela. Descobri que tinha fugido de mim mesmo, percebi que me tornei um personagem da minha vida, ou melhor, um personagem da vida dela [Leila]...

E agora eu estou despejando tudo em cima de você. Talvez isso seja mais um ato de meu egoísmo sem fim, mas deve ser feito, não vou errar de novo - ao menos não da mesma forma-.
Acho que essas palavras deveriam ser ouvidas ou lidas por você, Ana. Tire suas conclusões, entenda como quiser, entenda o que tiver de entender. Porém, desta vez não serei culpado de não ter dito.
Hoje [06/07/12] eu conversei com a Leila, pois ela reparou que eu não estava 'normal', e então eu falei, não com tantos detalhes quanto estou a fazer para você, mas eu disse o suficiente para que ela entendesse que eu não sou alguém com quem ela sempre sonhou e que eu estava interpretando -forma gentil de denominar mentirosos: Atores- para ela. Eu estou triste por ela, pois o príncipe dela se desfez em uma chuva de maquiagem. Eu estou completamente agradecido a você por ter me salvado de mim mesmo. Eu estou com raiva de mim por ter lhe 'torturado' por três anos. 

Agora cabe a você decidir o que fazer comigo, Aninha.
Adoro você, senti muito sua falta."
Carta de Renato a Ana.