terça-feira, 14 de setembro de 2010

O breu da noite e o meu Amor

E as Três Marias sorriam para mim, em frente minha janela, como fofoqueiras que são.
Eu as olhava e como meus olhos, elas também brilhavam, piscavam deixando-me pensar apenas coisas boas.
E eu sorria, como uma criança que acabara de ganhar um mimo, um presente.
E de fato, para mim era um presente.
Há muitos que eu não olhava para o céu com lua ausente e o contemplava.
Há tempos eu não olhava para as fracas estrelas que haviam no céu, quase que apagadas, esquecidas; as mais cintilantes.
Aliás, estrelas são estrelas, mesmo depois de mortas.
O breu do céu era, que lua não saiba, mais belo que o luar de dias atrás.
Mais impressionante e comovente que um “-eu te amo! -”.
É uma coisa que vemos, sentimos e quase chegamos a tocar com os dedos.
É a única coisa que mesmo não a tendo em mãos, nós a possuímos
Como o coração de quem nos jura amor.
A diferença é que o céu não se vai,
O céu não mente, não finge, não engana.
Se camufla, mas notamos quando vai chorar.
E tristes, choramos juntos misturando nossas salgadas e ácidas lágrimas.
No entanto, mais ou menos noites lá estarão elas novamente,
As Três Marias, precioso Cinturão sorrindo para mim, em frente minha janela,
Como fofoqueiras que são...

  Monique!
13-09-2010

Um comentário:

  1. Muito legal Monique, queria ser tão bom em escrever assim como vc =)
    Quem não gosta de quando chega a noite olhar para o céu só para ver o brilho das estrelas e pensar na vida?!

    Bjos

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Porque, aliás, não posso falar. Então escrevo...