sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sakura's de todas as tardes e meus pensamentos

A dor lateral já não me assola tanto quanto tua presença
Que o vento traz em forma de orvalho frio
Junto com o calor do anoitecer
E as Sakura's que pensei ter ouvido.

Não é um laço que me prende a alguém,
Mas sim que me afasta.
"De dois em dois" disse Deus a Noé,
Se sempre fora assim, por que pôs-me sozinha ao mundo?

Não é ato de reclame, tampouco palavras opostas
Mas estamos sujeitos a tanto, tantas divinas peripécias
Que se a água turva fosse como o óleo,
Não se mesclaria na cristalina e azulada água.

Meus pés doem, vibram, latejam
Como se estivessem mortos, embora estejam apenas dormindo
Como todo o resto de meu corpo, inerte
Que sente o tédio alheio a distância.

Águas claras vejo, porém amarelas e não azuis.
Agora resta-me o frio e a pele arrepiada
Que sós estão comigo em vão, por opção.
Um pedido, se tiver a dádiva de fazê-lo:
Que o vento deixe meu inverno marcado em seu verão.

Monique!
27-08-2010

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Porque, aliás, não posso falar. Então escrevo...