Que o vento traz em forma de orvalho frio
Junto com o calor do anoitecer
E as Sakura's que pensei ter ouvido.
Não é um laço que me prende a alguém,
Mas sim que me afasta.
"De dois em dois" disse Deus a Noé,
Se sempre fora assim, por que pôs-me sozinha ao mundo?
Não é ato de reclame, tampouco palavras opostas
Mas estamos sujeitos a tanto, tantas divinas peripécias
Que se a água turva fosse como o óleo,
Não se mesclaria na cristalina e azulada água.
Meus pés doem, vibram, latejam
Como se estivessem mortos, embora estejam apenas dormindo
Como todo o resto de meu corpo, inerte
Que sente o tédio alheio a distância.
Águas claras vejo, porém amarelas e não azuis.
Agora resta-me o frio e a pele arrepiada
Que sós estão comigo em vão, por opção.
Um pedido, se tiver a dádiva de fazê-lo:
Que o vento deixe meu inverno marcado em seu verão.
Monique!
27-08-2010
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