sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Olhares que não me deixam ver que olhos eram aqueles!

"Tudo pode estar melhor do que eu quis, mas sempre surge algo pra estragar.Todo sonho bom que tiver saiba que serei eu que estarei projetando, atrás dos olhos seus..."


Hoje, depois da manhã inteira de estudos, bate-papo e aprendizagem de novas formas de interpretar uma única frase, sai da escola e fui com minhas amigas até o ponto de ônibus.
Entrei, sentei, mudei de lugar, olhei as coisas em volta e ficava pensando em coisas nada úteis para uma garota que está simplesmente sentada no banco de um ônibus aguardando sua chegada em casa para almoçar.
Cheguei no meu ponto final, onde desço para caminhar alguns metros até entrar em meu lar, desci do ônibus alegre e saltitante, como sempre faço quando pego a linha de ônibus que dá uma volta enorme até chegar na avenida onde esta situado o ponto de chegada.
Desci, olhei para um lado da avenida e para o outro, certificando-me que posso fazer uma travessia segura. Atravessei então.
Do outro lado, estava atenta procurando alguém conhecido na saída da minha ex-escola, que fica nessa avenida.
Olhava e olhava, mas não via ninguém conhecido a ponto de eu falar um OI ou simplesmente cumprimentar com um leve balanço de mão... mas não havia ninguém.
Andando pela calçada, até virar a esquina e descer um trecho de minha rua (que é meu caminho rotineiro), encontrei algo que me tirou totalmente a atenção que tinha.
Um rapaz, no ponto de ônibus inverso ao que desci, estava lá aguardando um ônibus de linha ou de firma, só pode ser, encostado com o braço no sinalizador na parada do automóvel, olhando livremente com um rosto tanto quanto cansado ou indisposto, preocupado talvez.
Quando passei na calçada um pouco antes de chegar até ele, reparei que havia algo de muito destaque em seu rosto, uma coisa de beleza rara que tomou totalmente meu pensamento, minha compreensão e meu tempo.
Andando, passei em frente a ele e eu ainda estava olhando para tamanhos regalos, e ele talvez despercebido, passou o olhar também em minha direção. Concerteza sem intenção de nada, somente olhando a sua volta.
Mas aqueles olhos tomaram tanto a minha atenção, que aquele momento para mim se tornou grandioso. Eram olhos claros, verdes da cor das águas de um riacho que possui águas verdes cristalinas, contornados levemente com uma cor castanha escura, uma coisa muito linda.
O rosto!? Nem notei se era belo, intrigante, charmoso... Não olhei para ele, olhei para aqueles portais verdes claros que me chamavam para mergulhar neles, me prometendo um passeio maravilhoso em tua fabulosa cor e esplendor.
Fiquei tão maravilhada com aquilo, que não consegui pensar em outra coisa, pensei em voltar para traz e ver de novo aquelas coisas brilhantes, voltar e com alguma desculpa passar em frente a eles e dessa vez olhando descaradamente, mas não é do meu feitio mesmo sendo por um motivo que me deixaria feliz.
Depois, recuperei-me e voltei a colocar os pés no chão, tomando a conciência mas não esquecendo daquelas janelas abertas que refletiam a cor das colinas verdes que coexistiam dentro!
Fui até em casa suspirando e relembrando, sempre de uma maneira diferente procurando um novo adjetivo para tamanha beleza, alias, tamanhas belezas que eram aqueles olhos.
Fiquei pensando e ainda não esqueci. Quem sabe semana que vem posso rever-los e te-los outra vez em minhas posses. E prefiro ainda não saber o nome daquele que os possui, concerteza é bem melhor assim.
Podem me chamar de louca e até algo pior, mas me considero uma admiradora secreta mas não discreta dos olhos e olhares alheios!

Ahh... (suspiros) Quem dera eu um dia possuir para mim olhos iguais aqueles, brilhantes e claros que me fariam enxergar o mundo de uma forma melhor!


Um comentário:

Porque, aliás, não posso falar. Então escrevo...