quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um dia escuro nos olhos claros tempestuosos


Como posso eu entristecer-me?
Vendo o céu pela janela, as nuvens escura como se um lápis cinza a colorissem.
De ouvir o som da chuva, posso chorar. De ver o céu escuro, posso voar! Posso eu estar contente, feliz se vejo o céu profundo? Descontentamente surto.

Seus gritos posso ouvir relampejando como raios se disfarçando com luzes. -Por que fazeis isto?Tens vergonha do quê és?- pergunto a eles, mas não me respondem.
Por que o tempo afeta psicologicamente o emocional?
-Não sei!- tento esconder em mim a vontade que tenho de voar, chorar, ser livre, mas... Não consigo!

Queria eu poder me jogar da janela e ir de encontro a ti, passar por entre suas mágoas sem antes desaguá-las em mim. Passar por dentro de você, e ver que sua cor não é realmente essa 'cinza' que vejo.
Meus olhos me enganam não gosto do que eles me mostram, a não-aceitação, a desigualdade, a desaprovação...

Não sou isso que falam, que vêem, sou o que sou por dentro. Não dá!
Só a chuva me entende, seus olhos são como os meus. Que desabam e inundam paisagens, que ficam escuros e ventosos, que todos admiram se perguntando:
"-Quando será que vai parar!?-" Parece que só eu gosto da chuva. Parece que só você gosta de mim.

Queria eu estar dentro de um temporal, ou uma simples neblina densa para molhar-me, encher-me, saciar-me... ser quem quero ser. Só a chuva purifica meu simples modo de te querer.
Como posso eu me entristecer em sua sua presença!?

Um comentário:

  1. Nem tudo tem um fim. A chuva teve. Mas quem disse que ela não volta?

    beijo, Juh.

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Porque, aliás, não posso falar. Então escrevo...