domingo, 14 de outubro de 2012

A metamorfose da esfinge


"As vezes as incertezas nos cercam,
Como muralhas medievais cercam o castelo.
Logo fugimos dos sentimentos que nos encantam
E nos encontramos seguros com nosso medo.

Fazemos nosso coração ser duro como pedra,
Nos cercamos de mistérios, uma esfinge indecifrável.
Agindo como um dragão, forte como fera.
Temos o infinito como critério e o Amor como improvável.

Porém o que era sólido se esfarela no ar,
O líquido se agita até virar vapor.
Como paralelas que no infinito irão se encontrar,
A menor distância entre duas pessoas pode ser o Amor.

Entretanto o inverno parte trazendo a primavera,
O Sentimento faz sua arte, esculpindo aquela pedra.
Com o tempo Ele vai lapidando, cheio de calma e precisão,
Assim tranquilo, feliz, disperso, dando vida a este coração."


Edward Reisinger.



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Porque, aliás, não posso falar. Então escrevo...