sexta-feira, 12 de novembro de 2010

À Cidade dos Anjos, aquela na qual eu estaria sã

"Tirei de ordem meus meros pensamentos e os escrevi numa folha para que pudessem ler. Não vocês, não quem queria eu que soubesse o que sinto, escrevo, mas sim aos anjos. Àqueles que estão por aí, que me vêem andando em vão pelas ruas, pelas ausentes praças, pelas confusas vidas.
Anjos esses que me olham com pena, com temor e displicência.
Peço-lhes para que não me vejas assim, não preciso, não mereço.
Vejam-me como uma de vocês entre eles, tentando fazer da vida terrestre uma história de querer e mal-querer, de venturas e desventuras, de amores não obtidos e carinhos descartáveis.
Aos anjos, àqueles que cuidam da memória emocional e coincidências divinas, as escritas que tenho a dividir. Aquelas que meu coração, mente e memória não conseguem guardar só para si."


Nosso frio Carpe Diem.

Quando surge o frio cessam-se os abraços, 
As carícias miúdas, miúdas vidas.
Quando surge o frio, fica o vazio amasiado, 
As nuvens do céu nublado, a vontade de chorar.
Quando o frio surge, surge junto a saudade, 
A tal infelicidade e a solidão de vermelho em preto.
Quando surge o frio, vem consigo o desrespeito, 
A dor mais forte no peito, a ânsia de expressar-se com escritas 
As histórias mais tristes já vividas.
Quando surge o frio, surge mais quente que antes a alma, 
A pressa de correr em disparada, 
O Carpe Diem que nos mantém aceso 
E o mais forte e puro dos venenos...
A coragem de viver!                                                                                                                           Monique!
09-09-10

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Porque, aliás, não posso falar. Então escrevo...